📖 Introdução
Você já ouviu falar no uso de canabidiol (CBD) para tratar epilepsias graves? Uma nova pesquisa europeia avaliou a eficácia do CBD puro, sem o uso conjunto de clobazam, em pacientes com duas síndromes raras: Lennox-Gastaut (LGS) e Dravet (DS).
Apesar de ser uma medicação aprovada em muitos países, o CBD geralmente é utilizado junto com o clobazam. Este estudo resolveu investigar o que acontece quando ele é usado sozinho — e os resultados são bem interessantes!
📊 Principais Resultados
👉 Quem participou?
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107 pacientes (92 com Lennox-Gastaut e 15 com Dravet)
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Média de idade: 14,5 anos (LGS) e 10,5 anos (DS)
🧮 Redução das crises
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Lennox-Gastaut (LGS):
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Redução média de -6,2% a -16,7% nas crises em 12 meses
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30% dos pacientes conseguiram reduzir as crises pela metade após 1 ano
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Dravet (DS):
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Reduções modestas, com 0% a -16,7%, menos expressivas por causa do pequeno número de participantes
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📆 Dias livres de crises
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Pacientes com LGS ganharam +1,7 dias livres de crises por mês após 12 meses
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Pacientes com DS ganharam +3,8 dias livres de crises por mês
🩺 Segurança e efeitos colaterais
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31% dos pacientes relataram algum efeito colateral
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Os mais comuns foram:
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Sonolência (6%)
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Diarréia (6%)
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Perda de apetite (4%)
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Dois pacientes precisaram interromper o tratamento
✅ Conclusões
A pesquisa mostrou que o CBD sem clobazam é eficaz, seguro e bem tolerado para muitos pacientes com Lennox-Gastaut, ajudando a reduzir as crises e a aumentar os dias livres de episódios.
Para os pacientes com Dravet, os dados ainda são limitados, mas o tratamento mostrou potencial.
O estudo também reforça a importância de monitorar a função do fígado durante o uso do CBD, especialmente em quem faz uso de outros anticonvulsivantes, como o valproato.
Essa é uma ótima notícia para pacientes e familiares que buscam opções mais naturais e menos sedativas no controle de epilepsias graves!
📚 Fonte
Retrospective chart review study of use of cannabidiol (CBD) independent of concomitant clobazam use in patients with Lennox-Gastaut syndrome or Dravet syndrome
🔗 Acesse o estudo completo aqui